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4 de Outubro ...
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Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
O objetivo 2 (Fome Zero) visa combater a fome em todas as suas formas, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável, sendo 2030 o ano previsto para a concretização destes objectivos.
Naturalmente, é a natureza que fornece as fontes directas de alimentos e o homem conseguiu criar actividades de apoio à agricultura, mas é necessário promover uma agricultura sustentável com tecnologias modernas e sistemas de distribuição justos. O aumento da população mundial e dos padrões de consumo está a exercer pressão sobre o ambiente e a natureza, pelo que é necessário encontrar novos equilíbrios que possam sustentar toda a população mundial e garantir que já ninguém passa fome.
Além disso, o aumento das temperaturas, as alterações climáticas, os conflitos armados e as pandemias, como a da COVID-19, representam novas ameaças para os sistemas alimentares mundiais. Este facto realça a necessidade urgente de repensar a nossa abordagem à agricultura e de investir mais para melhorar a produtividade agrícola sem prejudicar o ambiente e, assim, reduzir a fome e a pobreza.
- De acordo com estimativas recentes, quase 700 milhões de pessoas (cerca de 9% da população mundial) sofrem de fome.
- A maior parte dos subnutridos do mundo – 381 milhões – ainda se encontra na Ásia. Mais de 250 milhões vivem em África, onde o número de pessoas subnutridas está a crescer mais rapidamente do que em qualquer outra parte do mundo.
- No final de 2019, a insegurança alimentar aguda afectava quase uma em cada dez pessoas em todo o mundo, ou seja, cerca de 750 milhões de pessoas.
- Estima-se que 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo não tiveram acesso regular a alimentos seguros, nutritivos e suficientes em 2019. Se as tendências recentes se mantiverem, o número de pessoas afectadas pela fome ultrapassará os 840 milhões até 2030, ou seja, 9,8 por cento da população mundial.
- 144 milhões de crianças com menos de cinco anos foram afectadas pela fome em 2019, três quartos das quais vivem no Sul da Ásia e na África Subsariana. Em 2019, 6,9% (ou 47 milhões) das crianças com menos de cinco anos foram afectadas pela emaciação, ou desnutrição aguda, uma condição causada pela ingestão limitada de nutrientes e por infecções.
Objetivo 2.1 Acesso universal a alimentos seguros e nutritivos
Até 2030, acabar com a fome e garantir que todas as pessoas, em particular as pobres e as que se encontram em situações vulneráveis, incluindo os bebés, tenham acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.
Objetivo 2.2 Acabar com todas as formas de malnutrição
Até 2030, acabar com todas as formas de subnutrição, incluindo a consecução, até 2025, das metas acordadas internacionalmente em matéria de atraso de crescimento e emaciação das crianças com menos de cinco anos, e satisfazer as necessidades nutricionais das raparigas adolescentes, das mulheres grávidas e lactantes e dos idosos.
Objetivo 2.3 Duplicar a produtividade e os rendimentos dos pequenos produtores de alimentos
Até 2030, duplicar a produtividade agrícola e os rendimentos dos pequenos produtores de géneros alimentícios, em especial das mulheres, dos povos indígenas, dos agricultores familiares, dos pastores e dos pescadores, nomeadamente através de um acesso seguro e equitativo à terra, a outros recursos e factores de produção, aos conhecimentos, aos serviços financeiros, aos mercados e às oportunidades de valor acrescentado e de emprego fora das explorações agrícolas.
Objetivo 2.4 Produção alimentar sustentável e práticas agrícolas resilientes
Até 2030, garantir sistemas de produção alimentar sustentáveis e aplicar práticas agrícolas resilientes que aumentem a produtividade e a produção, ajudem a manter os ecossistemas, reforcem a capacidade de adaptação às alterações climáticas, às condições meteorológicas extremas, às secas, às inundações e a outras catástrofes, e melhorem progressivamente a qualidade das terras e dos solos.
Objetivo 2.5 Manter a diversidade genética na produção alimentar
Até 2020, manter a diversidade genética das sementes, plantas cultivadas, animais domésticos e de criação e espécies selvagens afins, nomeadamente através de bancos de sementes e de plantas nacionais, regionais e internacionais diversificados e bem geridos, e promover o acesso justo e equitativo e a partilha dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados, tal como acordado internacionalmente.
Objetivo 2.A Investir nas infra-estruturas rurais, na investigação agrícola, na tecnologia e nos bancos de genes
Aumentar o investimento, nomeadamente através do reforço da cooperação internacional, nas infra-estruturas rurais, na investigação agrícola e nos serviços de extensão, no desenvolvimento tecnológico e nos bancos de genes de plantas e de animais, a fim de melhorar a capacidade de produção agrícola dos países em desenvolvimento, em especial dos países menos desenvolvidos.
Objetivo 2.B Prevenir as restrições ao comércio agrícola, as distorções do mercado e os subsídios à exportação
Corrigir e prevenir as restrições e distorções comerciais nos mercados agrícolas mundiais, nomeadamente através da eliminação paralela de todas as formas de subsídios às exportações agrícolas e de todas as medidas de exportação de efeito equivalente, em conformidade com o mandato da Ronda de Desenvolvimento de Doha.
Objetivo 2.C Garantir a estabilidade dos mercados de produtos alimentares e o acesso atempado à informação
Tomar medidas para assegurar o bom funcionamento dos mercados de produtos alimentares de base e seus derivados e facilitar o acesso atempado às informações de mercado, nomeadamente sobre as existências de produtos alimentares, a fim de contribuir para limitar a volatilidade extrema dos preços dos produtos alimentares.
Desafio: vivemos num mundo onde 1 em cada 9 pessoas está subnutrida;
Solução: aumentar a produtividade agrícola e garantir um acesso equitativo aos alimentos para todos.
Desafio: 75% da diversidade das culturas perdeu-se devido à monocultura, tornando-as mais vulneráveis a pragas e doenças;
Solução: diversificar as variedades de culturas para reduzir o fracasso das colheitas e promover dietas nutritivas.
Desafio: os pequenos agricultores fornecem 80% dos alimentos consumidos nos países em desenvolvimento. A agricultura predominantemente de sequeiro destes agricultores é particularmente vulnerável a secas e inundações;
Solução: investir nos pequenos agricultores, especialmente nas mulheres, para aumentar a segurança alimentar e melhorar a nutrição dos mais pobres.
O que podemos fazer para ajudar a alcançar o ODS 2? Em casa, no trabalho e nas nossas comunidades, fazendo escolhas alimentares sustentáveis, seguindo uma dieta e uma nutrição adequadas, combatendo o desperdício alimentar e apoiando os agricultores e os mercados locais, podemos mudar a situação para melhor e aproximarmo-nos cada vez mais deste objetivo fundamental. O nosso poder enquanto consumidores e eleitores, ao pedirmos às empresas e aos governos que façam escolhas e mudanças mais concretas para reduzir o desperdício e a fome, pode ser extremamente eficaz.
O que é que posso fazer?
- …tentar adaptar-me a novas variedades de alimentos.
- …procurar um consumo mais sustentável.
- …melhorar a conservação dos alimentos, por exemplo, secando a carne.
- …comer o mínimo de carne possível.
